quarta-feira, novembro 14, 2007
Semana da Cultura Negra de 14 a 18/11/07
A Semana da Cultura Negra preparou uma série de atividades.
Confira a programação:
Dia 14: Coral Sorriso Negro.
Dia 15: Fórum de Capoeira de Curitiba.
Dia 16: Negro Spirituals com Juarez de Mira.
Dia 17: Da África para o Brasil; Grupo Afro-Cultural Ka - Naombo; Somos Todos Uma Raça e Grupo Ginga Total.
Dia 18: Em África.
Semana da cultura negra
Dia(s): De 14 a 18 de novembro
Horário(s): Dias 14, 15 e 16 às 21h, dia 17 às 16h e dia 18 às 19h
Auditório: Salvador de Ferrante (Guairinha)
Ingressos: Entrada Franca
Classificação: Livre
Dia 14 às 21h -Coral Sorriso Negro
1-Kamiolê- Congo. 2-Senzeniná- Zimbábue. 3- Cangoma- folclore. 4-Cio da Terra- Milton Nascimento. 5-Syahamba- Negro espiritual. 6- Negrinho do Pastoreio-folclore. 7-Sorriso Negro- Rosário dos Pretos.
O grupo Sorriso Negro nasceu em 2003 na cidade de Tibagi no Estado do Paraná e as atividades principais do grupo são: proporcionar aos integrantes formações em música, com aulas de canto, representação e instrumentos de percussão todas com referência à cultura negra, e com tal preparação divulgar a cultura negra com espetáculos na região.
Coordenação da assistente socia: Lílian Lorena Scheraiber e do Professor Gilson Taques. Diretora musical: Jucélia Ribeiro.
Maiores informações:
www.tguaira.pr.gov.br/
segunda-feira, novembro 12, 2007
domingo, novembro 11, 2007
Plagiando a Leandra Leal "acredito que não somos de nenhum lugar e somos de todos os lugares que inventamos."
Postagens diminuiram... Semana de viagens. Estive no Rio de Janeiro, dormi em Curitiba, acordei em São Paulo, voltei a Curitiba, e agora estou em Brasília.
E em Brasília são 11 horas!
Como é bom esse Brasil, conhecer sua Cultura, desfrutar de suas belezas naturais. Cada cidade tem suas peculiaridades, seu aeroporto, seu trânsito, sua infra-estrutura. A porta certa de entrar no ônibus, ás vezes pela frente, outras pela de trás e até pelo meio! E o sotaque?!
Por onde vou, sou logo reconhecida, como sulista, e quando digo que sou de Curitiba, não faltam elogios. Primeiríssimo lugar: limpeza da cidade, daí vem as estações tubos, os parques, ...
Amo minha cidade, e amo também meu país!
Viajar deveria ser um direito do cidadão brasileiro, sair do lugar em que se nasce e plagiando a Leandra Leal "acredito que não somos de nenhum lugar e somos de todos os lugares que inventamos."
E como é bom inventar, saudação aos criativos!
Mas como fazer turismo no caos que se encontra a infra-estrutura brasileira?
Pelo céu;
Aviões nem sempre no horário, e esta semana até uma companhia aérea desapareceu.
Pela terra;
estradas suicidas, pedágios pela hora da morte, falta mapa da cidade nos pontos de informação turística...
Tomo a seguinte postura frente ao descaso, não desistir, persistir e encontrar um hotel honesto, com qualidade, higiene e bom atendimento, sem que me arranquem todos os tostões, e logo em seguida descobrir tudo sobre a cidade!
Parabenizo Curitiba pelo disk turismo 41 3352-8000 (2ª-feira a sábado das 7h às 0h/domingo das 07h às 18h) e o Centro Cultural Banco do Brasil Brasília que disponibiliza ônibus gratuito para a arte e cultura, informações 61 3310-7087 (de terça a domingo, das 11h às 22:45h).
domingo, novembro 04, 2007
Curitiba Literária
Essa música está no CD O Palhaço Do Circo Sem Futuro Cordel Do Fogo Encantado 2003Começou hoje Curitiba Literária, no Ópera de Arame, com o show de Cordel do Fogo Encantado. A entrada foi um livro novo, e lotou. Em destaque a música “Palhaço do Circo Sem Futuro” (ou "A Trajetória da Terra") Transcrevo trecho da poesia inicial citada no show pelo Lirinha: "O filho tinha vergonha do pai, porque o pai era palhaço. O filho se formou em Direito e seguiu outro caminho. Um dia o filho visitou o pai, que já estava no leito de morte. Ele era uma pessoa muito amargurada. Então ele se acocorou, pegou a mão do pai e disse: Pai, me ensina a ser palhaço? E o pai respondeu: Isso não se ensina seu bosta!"
quinta-feira, novembro 01, 2007
Livre Manifestação Cultural
The mirror
Cassiano Pires
contato: www.fotolog.com/lausac
Fui a uma interessante palestra no Ateliê de Criação Teatral, em Curitiba, 03/09/05 com o seguinte tema "Ética e Estética", a relação entre ética e estética, a ética contaminando a estética, e vice-versa.
O tema foi desenvolvido em muitos aspectos:
A artista plástica Carla Vendrami abordou a politização da arte e, por outro lado, a estetização da política. Ilustrou suas idéias com referências de artistas como Cildo Meireles, Hans Haacke, Ilya Kabakov, Gerard Richter e Vito Acconci. Também fez parte de sua intervenção a Arte Conceitual e os papéis dos artistas nos campos social e político.
Marcos Cordiolli, historiador, levou a ética ao debate em três frentes: perspectiva histórica, política e educacional. Discute a possível relação entre ética e estética nos processos de formação e posicionamento ético do artista e sua produção. Buscou, em particular, avaliar o papel destas questões no âmbito escolar.
A figurinista Amabilis de Jesus aproximou o tema mais especificamente ao teatro, levantando termos como teatro engajado, teatro didático e a ruptura com a contemplação (ilusão). O teatro como forma de educação e formação cultural também foi levado em conta pela sua participação.
Aberto ao público a palavra, muito se questionou: a masturbação no palco da cantora Madonna com o crucifixo; música de heave metal que incitou o suicídio de adolescentes; peça de teatro em que os atores espancavam uma senhora de idade, também atriz da peça; fotógrafo que fotografou o próprio suicídio.
A pergunta final do encontro foi: Até que ponto o artista pode ir?
Quais os limites da "livre manifestação artística"?
Asseguro que a livre manisfetação deve ser defendida!
A Declaração Universal dos Direitos Humanos dispõe:
Art. 27,
1. Toda pessoa tem o direito a participar livremente da vida cultural da comunidade, a gozar das artes e a participar no progresso científico e dos benefícios que dele resultem.
Liberdade foi definida magistralmente por Einstein, que transcrevo ipsis verbis:
"SOBRE A LIBERDADE
Por Albert Einstein
Sei que é inútil tentar discutir os juízos de valores fundamentais. Se alguém aprova como meta, por exemplo, a eliminação da espécie humana da face da Terra, não se pode refutar esse ponto de vista em bases racionais. Se houver porém concordância quanto a certas metas e valores, é possível discutir racionalmente os meios pelos quais esses objetivos podem ser atingidos. Indiquemos, portanto, duas metas com que certamente estarão de acordo quase todos os que lêem estas linhas.
1. Os bens instrumentais que servem para preservar a vida e a saúde de todos os seres humanos devem ser produzidos mediante o menor esforço possível de todos.
2. A satisfação de necessidades físicas é por certo a precondição indispensável de uma existência satisfatória, mas em si mesma não é suficiente. Para se realizar, os homens precisam ter também a possibilidade de desenvolver suas capacidades intelectuais artísticas sem limites restritivos, segundo suas características e aptidões pessoais.
A primeira dessas duas metas exige a promoção de todo conhecimento referente às leis da natureza e dos processos sociais, isto é, a promoção de todo esforço científico. Pois o empreendimento científico é um todo natural, cujas partes se sustentam mutuamente de uma maneira que certamente ninguém pode prever.
Entretanto, o progresso da ciência pressupõe a possibilidade de comunicação irrestrita de rodos os resultados e julgamentos - liberdade de expressão e ensino em todos os campos do esforço intelectual. Por liberdade, entendo condições sociais, tais que, a expressão de opiniões e afirmações sobre questões gerais e particulares do conhecimento não envolvam perigos ou graves desvantagens para seu autor. Essa liberdade de comunicação é indispensável para o desenvolvimento e a ampliação do conhecimento científico, aspecto de grande importância prática. Em primeiro lugar, ela deve ser assegurada por lei. Mas as leis por si mesmas não podem assegurar a liberdade de expressão; para que todo homem possa expor suas idéias sem ser punido, deve haver um espírito de tolerância em toda a população. Tal ideal de liberdade externa jamais poderá ser plenamente atingido, mas deve ser incansavelmente perseguido para que o pensamento científico e o pensamento filosófico, e criativo em geral, possam avançar tanto quanto possível.
Para que a segunda meta, isto é, a possibilidade de desenvolvimento espiritual de todos os indivíduos, possa ser assegurada, é necessário um segundo tipo de liberdade externa. O homem não deve ser obrigado a trabalhar para suprir as necessidades da vida numa intensidade tal que não lhe restem tempo nem forças para as atividades pessoais. Sem este segundo tipo de liberdade externa, a liberdade de expressão é inútil para ele. Avanços na tecnologia tornariam possível esse tipo de liberdade, se o problema de uma divisão justa do trabalho fosse resolvido.
O desenvolvimento da ciência e das atividades criativas do espírito em geral exige ainda outro tipo de liberdade, que pode ser caracterizado como liberdade interna. Trata-se daquela liberdade de espírito que consiste na independência do pensamento em face das restrições de preconceitos autoritários e sociais, bem como, da "rotinização" e do hábito irrefletidos em geral. Essa liberdade interna é um raro dom da natureza e uma valiosa meta para o indivíduo. No entanto, a comunidade pode fazer muito para favorecer essa conquista, pelo menos, deixando de interferir no desenvolvimento. As escolas, por exemplo, podem interferir no desenvolvimento da liberdade interna mediante influências autoritárias e a imposição de cargas espirituais aos jovens excessivas; por outro lado, as escolas podem favorecer essa liberdade, incentivando o pensamento independente. Só quando a liberdade externa e interna são constantes e conscienciosamente perseguidas há possibilidade de desenvolvimento e aperfeiçoamento espiritual e, portanto, de aprimorar a vida externa e interna do homem."
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